Foto: Internet

Antônio Gilson Porfírio ficou muito conhecido por sua carreira musical. Ele faleceu em 1995, aos 52 anos, em decorrência de uma úlcera agravada pelo diabetes.

Nascido no Rio de Janeiro, Antônio passou a infância no Morro do Juramento, zona norte da capital fluminense. Ficou orfão de pai ainda criança e teve que ir à luta cedo para ajudar a mãe, que era faxineira. Na adolescência, foi office-boy na Embaixada da Alemanha, enquanto completava os estudos na Escola Técnica Nacional. Aos 18 anos, ingressou na Aeronáutica, de onde foi expulso pouco tempo depois, devido à insubordinação e às fugas do quartel para namorar. Antes da fama, Antônio ainda trabalhou como transportador de bagagem. Ali era conhecido como “Ripinha”, e também foi técnico projetista da extinta TELERJ, a que abandonaria para se dedicar à carreira artística.

Início da carreira

A carreira fonográfica teve início em 1975, quando Antônio lançou o compacto com a canção “Moro Onde Não Mora Ninguém”, primeiro sucesso dele. Esse compacto teve 950 mil cópias vendidas, e foi regravado posteriormente por Wando. O nome artístico “Agepê” decorre da pronúncia fonética das iniciais do nome de batismo do cantor, “AGP”. Ele gostava de se apresentar de terno de cetim branco e sapato de cromo da mesma cor.

Entre 1975 e 1981, Agepê lançou sete discos. Nove anos depois, lançou o sucesso estrondoso “Deixa Eu Te Amar” (Agepê, Ismael Camillo e Mauro Silva). Este fez parte da trilha sonora da telenovela Vereda Tropical, de Carlos Lombardi. O disco Mistura Brasileira, que continha esta canção, foi o primeiro disco de samba a ultrapassar a marca de um milhão de cópias vendidas. A carreira destacou-se por um estilo mais romântico, sensual e comercial, e, após o sucesso de Mistura Brasileira, lançou mais nove discos, além de coletâneas.

Contribuição no carnaval Carioca

Agepê também foi integrante da ala dos compositores da Portela. Nas disputas pela escolha do samba-enredo, chegou às finais em cinco ocasiões, e em todas elas amargou o segundo lugar. Em 1995, finalmente conquistou a vitória com o samba “Essa Gente Bronzeada Mostra Seu Valor”. Ele foi escolhido como intérprete oficial da Portela no desfile do ano seguinte.

Contendo um repertório eclético, composto principalmente por baião, Agepê teve no compositor Canário o mais frequente parceiro. Na sua voz, tornaram-se consagradas inúmeras composições da dupla, como “Menina Dos Cabelos Longos”, “Cheiro De Primeira”, “Me Leva”, “Moça Criança”, dentre outras. Também regravou “Cama E Mesa”, de Roberto Carlos e Erasmo Carlos, com grande sucesso.

O final de sua carreira

No dia 27 de agosto de 1995, o músico foi internado na Clínica São Bernardo, no Rio de Janeiro. A internação se deu por conta de uma úlcera agravada pelo diabetes, entrando, no dia seguinte, em coma profundo. Faleceu no dia 30 de agosto de 1995 e foi enterrado no Cemitério São Francisco Xavier, no Caju, Rio de Janeiro. Seu último disco foi Feliz Da Vida (1994).

Fonte: Radio Dragon Drake News

By Redação Jornal Imparcial

Redação do Jornal Imparcial Brasil

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